domingo, 27 de fevereiro de 2011

Propriocepção – sentidos e significados



Por Ana Elizabeth Prado
Credito 3/1670 TO

Como terapeuta ocupacional e atuando na área de Integração Sensorial a propriocepção é algo naturalmente incluso na minha prática. E, de fato, penso que é no nosso corpo. Na nossa vida.
Como seria formatado nosso comportamento sem este sentido? De onde vem quando sinto o meu corpo, aquela sensação que só eu tenho, própria, única, mas continuamente mutável? Uma fotografia interna que só eu tiro. E aquela que eu tiro a partir do que o outro me fornece elementos para eu montá-la? São instantâneos que colaboram entre si com elementos internos, do próprio corpo, e com elementos externos do ambiente que irão constituir a percepção da unidade corporal.
Em analogia à esta construção, imaginem se estivéssemos montando uma peça, de teatro ou musical. Existe uma intenção primária de criação. A partir daí vão se constituindo os elementos necessários para se chegar ao propósito inicial. É preciso regular a habilidade do criador com os elementos da partitura, a partitura com os instrumentos, os instrumentos na orquestra. A parte com o todo, as partes entre si, o todo dentro com o todo fora. 
Tempo, forma, intensidade e direção são as qualidades desta regulação. Como seria a peça sem direção? Como seria no nosso corpo ou, de que elementos precisamos para saber: do quanto precisamos colocar de intensidade para nos movimentar ou falar? Como iremos dosar, regular e afinar a nossa própria percepção?
A fineza da construção da nossa partitura corporal está nos ajustes que serão feitos destes elementos, da regulação da produção, que se faz da interação do corpo em si e dos corpos inseridos neste grande corpo, a biosfera.
Espero que já tenha dado para pensar e brincar sobre a importância do sentido proprioceptivo. Ele é que nos dá a possibilidade de regular nossos movimentos, dar qualidade às nossas sensações e percepções corporais. Igualmente aos demais sentidos, como o da visão, audição, entre outros, este começa de algum lugar: são os receptores da propriocepção que estão nas articulações, nos tendões e fusos musculares. Estes receptores são a porta de entrada para este sistema sensorial que é tão importante para a qualidade de presença e sentido de identidade corporal.  Gosto de lembrar isso, pois vejo o real e imaginário como instâncias da vida do ser humano. Podemos transcender a várias coisas, mas elas têm início em algo muito palpável, muito real, o nosso corpo. Existe um campo que sustenta tudo isso. E não compactuo com práticas que tentam excluir o corpo para uma melhor “consciência” do homem.
Em outras palavras: a quem este corpo pertence? Ou melhor, quem é este corpo? Quais histórias que vêm sendo construídas desde sempre?
Continuando a nossa viagem...como os demais sentidos, a propriocepção funciona em sistema integrado aos demais sistemas, nada isolado. Ele dá informação aos sistemas vestibular e tátil, que se unem aos demais sistemas, e que colaboram entre si revelando informações do corpo, no sentido múltiplo: em que espaço estamos e como ocupamos, numa linha histórica de tempo e vivências recheadas de significados. Estamos falando de corpo, tônus muscular, ajuste postural, equilíbrio, sentido profundo, a superfície que nos dá contorno, percepção, emoção, vínculo, identidade, relação, comportamento, conexão. Essa linguagem é comum no ambiente da terapia ocupacional, e especificamente, de conhecimento da teoria e prática de Integração Sensorial, onde estou há alguns anos.
Na minha prática clínica e nas vivências com educadores valorizo a propriocepção como um condutor vital. Ao mesmo tempo em que nos permite entrar em espaços delicados do corpo,
 é também um guia para se chegar a um trabalho integrativo e de potência.
Para o educador, ou terapeuta entender como se processa a informação sensorial é necessário, a meu ver, que ele passe por vivências que colocam em evidência essa dinâmica.
Nas sessões com as crianças, aprendi na prática o que li na teoria, do quanto precisam de brincadeiras que ajudem a dar referência do corpo para a organização nas suas ocupações diárias: e mais ainda em crianças com déficit de atenção, imaturidade nos ajustes posturais e habilidades motoras, defasagem na escrita, alteração na expressão oral e escrita, entre outras.
Sabemos que corpo é e produz identidade. Mas o caminho para se constituir tem algumas flores e pedras. Mas com rios que fluem como mapas que podemos aprender a navegar.

Há muitas pessoas que se beneficiam de práticas terapêuticas que valorizam o uso de toques corporais e de materiais que vivificam a propriocepção. A Integração Sensorial é uma destas práticas com bom retorno na área da saúde e educação.



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Estimulação Visual e Brincar - A delicadeza entre querer e poder brincar - cuidados especiais nas brincadeiras de crianças com diminuição da visão em consequência a algum dano cerebral - parte II

Por Ana Elizabeth Prado
Credito 3/1670 TO

De modo geral o que precisamos priorizar em um programa de intervenção :
-dar preferência por brinquedos com padrão de alto contraste e de cores vibrantes. Evidenciar o contorno dos objetos e imagens e enfatizar os detalhes para a construção da imagem mental. Tudo isso para potencializar a integração da informação visual durante as atividades cotidianas como brincar, hora do banho, hora de comer, pois além dos brinquedos, os utensílios de alimentação, higiene e vestuário devem ser cuidadosamente adaptados do ponto de vista visual.
Integrar a função visual em todas as atividades cotidianas incentiva a formação de novas redes neurais para a aprendizagem funcional e significativa

Muitos brinquedos podem ser confeccionados com materiais recicláveis. Com um pouco de imaginação, conhecimento e criatividade podemos fazer brinquedos interessantes de se ver.
-adequar iluminação do ambiente e objetos. Muitas vezes para manter a atenção a criança precisa brincar com iluminação reduzida ou um foco luminoso dirigido ao brinquedo, como por exemplo, iluminar o rosto da mãe para fazer brincadeiras face a face.
-manuseio* – esse é um termo comum para quem lida com pessoas com alteração da postura e movimento. O terapeuta especializado tem o domínio do manuseio e posturas, e fará vivências com a família dando dicas práticas para as atividades cotidianas. Além disso, quando tocamos alguém estamos interferindo de algum modo na sua ação e percepção. São trocas contínuas de temperatura, pressão, memória, humor, afetos. Por isso o nosso cuidado deve ser redobrado em crianças com baixa visão e disfunção neuromotora. É um diálogo, no mínimo, corporal. É importante para criança saber que vai ser tocada, o terapeuta perceber a permissão da criança, além de avaliar se existe algum distúrbio de modulação sensorial para a terapia não se transformar em momentos de tensão.
Dar oportunidades para descobertas diárias priorizando vivências com o tempo necessário. A exploração para aprender vem com a repetição natural e espontânea no brincar com significado.  “Treinos para estimulação visual” sem significado não são importantes. Por isso que o terapeuta e a família precisam descobrir junto com a criança situações contextuais para ela aprender a usar a visão residual brincando.
No brincar da criança com baixa visão de origem central o que mais chama atenção é o cuidado que devemos ter do momento mágico entre o querer e o poder. Precisamos refinar a nossa percepção para encontrar o momento e o jeito mais propício de favorecer um caminho de aprendizagem em constante descoberta e prazer. A intervenção do terapeuta ocupacional é buscar dar sentido as ocupações da criança e que estas sejam sustentáveis no sentir, movimentar, interagir, descobrir, repetir e aprender.
Que os ambientes, os objetos, as pessoas, e o próprio corpo sejam convidativos para ver e interagir.

Estimulação Visual e Brincar - A delicadeza entre querer e poder brincar - cuidados especiais nas brincadeiras de crianças com diminuição da visão em consequência a algum dano cerebral - parte I


Ana Elizabeth Prado
Credito 3/1670 TO

O interesse do brincar de crianças com baixa visão passa inicialmente pela busca semelhante de qualquer criança. De maneira geral o que diferencia é o tempo necessário para as aquisições e os cuidados especiais para o amadurecimento da função visual no sentido de criar um ambiente onde inclua uma organização do cotidiano para favorecer a integração visual aos demais sistemas orgânicos bem como adaptação do ambiente, brinquedos e utensílios das atividades cotidianas e pedagógicas.
Existem diversos textos que abordam sobre as alterações da função visual em crianças com baixa visão relacionando às importantes fases do desenvolvimento infantil. Porém ainda há poucos no sentido prático a respeito de disfunção visual cortical, ou também chamado prejuízo visual cerebral, e a relação dos cuidados para favorecer situações lúdicas.
Em linhas gerais, uma diminuição visual decorrente de algum dano neurológico envolve comportamentos característicos que são investigados na avaliação e que irão nortear um programa específico para uma melhor adequação do desenvolvimento cognitivo das crianças que apresentam baixa visão por terem passado por algum acidente neurológico ou algum dano na formação embriogenética das vias cerebrais responsáveis pela visão. Na pura definição, na disfunção visual cortical o exame ocular se apresenta normal, mas  podendo em algumas crianças virem associados, prejuízos na parte periférica e central do sistema visual, a depender do diagnóstico.
 Por enquanto vou citar os pontos principais para compor a avaliação e programa para intervenção na aplicação em brincadeiras de crianças com esse tipo de disfunção.

E quando fica difícil brincar para a criança com baixa visão?


Em primeiro lugar precisamos perceber seus interesses  e entender porque está difícil a criança com baixa visão brincar ou interagir. Para compor um programa de intervenção é necessário fazer previamente uma avaliação funcional da visão por um terapeuta especializado nesta área. O avaliador precisa conhecer os componentes específicos da função visual no desenvolvimento infantil para planejar as atividades de acordo com o perfil da criança e nível cognitivo.
O que é necessário observar?
-observar as habilidades e inabilidades visuais específicas da criança. As funções visuais serão avaliadas integradas ao desenvolvimento global da criança com o objetivo de adequar  COMO a criança pode brincar de acordo com a sua faixa etária e  interesse, no sentido de colocar em prática formas de ela aproveitar os momentos das brincadeiras.
-apropriação do brinquedo- a cor ou o tamanho inadequado dos brinquedos pode interferir no desejo de pegar um brinquedo e de fazer as descobertas próprias da infância.
-tempo de atenção e concentração - é comum vermos crianças que precisam da ajuda do adulto para iniciar, dar continuidade e/ou finalizar a brincadeira. As brincadeiras simples que se repetem e viram aprendizagem podem ficar comprometidas devido à dificuldade de se manter a atenção e sustentar o desejo pelo brincar espontaneamente, bem como organizar os passos para isto, sinais que podem ocorrer em pessoas que tem alguma lesão cerebral. 
-observar se há aumento ou diminuição de tônus muscular, pois isto pode ser um elemento que dificulta a exploração e expressão da criança e, inclusive, a manifestação de interesse e suas primeiras descobertas do que quer e do que pode, nas coisas mais simples, como tocar o rosto da mãe, tocar o próprio corpo. Por isso também é importante o trabalho de manuseio* para organização postural e regulação de tônus.
-tempo de brincar – observar o tempo de perceber e o tempo de dar respostas. Uma vivência muito rápida das experimentações do mundo pode não virar conhecimento. Se não houver tempo para criança experimentar e repetir espontaneamente uma brincadeira será mais difícil de ser incorporada, no sentido literal da palavra. O tempo de receber, processar a informação e responder à demanda do próprio corpo e do meio é diferente para algumas crianças com baixa visão de origem central.
- ambiente e comportamento- quando um ambiente não é favorável para o desenvolvimento infantil, será mais ainda para uma criança que, no mínimo, tem uma alteração motora e/ou sensorial. No entanto o ser vivo tem uma capacidade enorme de se adaptar constantemente ao meio ambiente e construir diversas formas de viver e se relacionar, desde que tenha oportunidades. Para isso é necessário na avaliação, a terapeuta ocupacional reconhecer quais os dispositivos do ambiente que dificultam ou facilitam o engajamento da criança em todas as brincadeiras.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Reflexões da prática com famílias em processo de reabilitação



Ana Elizabeth Prado
Credito 3/1670 TO

A prática da terapia ocupacional direciona no sentido de construir um cotidiano com maior sustentabilidade e significado às ocupações otimizando as oportunidades, incluindo os momentos delicados e difíceis que existem no processo de reabilitação. Destes momentos vêm as aprendizagens, o “como fazer”, “como perceber”. "Como segurar meu bebê? Como é melhor para eu ser segurado? Como brincar com ele/ como eu gosto de brincar?"
Essas descobertas são brotos de aprendizagem que irão nortear as relações que serão construídas em qualquer par ou grupo de pessoas. É o começo de uma história que será narrada pelos sentidos, movimentos e emoções. Uma via de muitas mãos, contemplando todos os envolvidos, criança, família e terapeutas.
Nas famílias com crianças que necessitam de cuidados especiais não é diferente. Na maioria destas situações o processo pode ser mais difícil, longo ou com maior gasto de energia. Talvez o passo mais difícil seja poder continuar a vida com todas as incertezas.
Vivemos em uma época que ciência e tecnologia estão mais presentes guiando o nosso comportamento. Uma época que aprendemos muito sobre “o que”, vindo pelas terminologias de diagnósticos, pelas estatísticas comprovando a eficácia de inúmeras metodologias, pelos exames e equipamentos de última geração. Que sejam bem vindos! Mas acredito também que continua valendo o aprender “como” o cotidiano de cada pessoa será a partir daquele instante em que se entra em contato com um diagnóstico, ou como colocar em prática uma nova metodologia, tendo o cuidado em perceber o tempo de cada um para refazer a sua vida, continuamente.
Cada vez mais precisamos elaborar programas para as famílias incorporarem as sugestões terapêuticas de forma prática e brincar espontaneamente com seus filhos, como todas as crianças merecem e precisam. O que torna difícil talvez seja a singularidade do processo de cada um e os diversos contextos familiares e terapêuticos. Há famílias que querem continuar as terapias em casa. Outras que não têm tempo, mas se cobram, ou aquelas que valorizam o brincar espontâneo sem estratégias terapêuticas. Da mesma forma há terapeutas com práticas diferentes. Há as que cobram que as mães continuem a terapia em casa e há aquelas que incentivam o brincar como consequência de toda vivência e aprendizado. É necessário contemplar todas as histórias e expectativas para se chegar a um lugar comum. No mundo da reabilitação quando procuramos um lugar do fazer com sentido e significado o universo da terapia e do cotidiano ficam mais integrados. Com isso todos aprendem juntos.
Na prática com crianças que apresentam disfunção neuromotora é possível perceber o modo como interagem, o quanto necessitam de manuseio adequado para normalizar o tônus, dos materiais especiais e as inúmeras sugestões terapêuticas. Mas isso não servirá para nada se não houver o cuidado para olhar primeiramente para seus desejos, atitude e interesse. Facilmente podemos cair na armadilha da especialização. Que a técnica não fique em primeiro plano, mas que esta fique a serviço da vontade e da necessidade da criança e sua família.
O toque, o olhar, a facilitação de mudanças posturais, os brinquedos adaptados só fazem história se estiverem vinculados ao campo subjetivo e contextual da vida destas pessoas envolvidas no processo chamado de reabilitação.
Se a terapeuta conseguir dar conta do recado e a família se apropriar dos cuidados o brincar será integrado de forma mais natural. Tenho aprendido muito com as famílias. É cada solução maravilhosa que aparece! Fico feliz quando vejo uma mãe ou um pai criar um brinquedo adaptado que eu nunca tinha pensado. É sinal que virou aprendizagem e não ficou só no âmbito da “orientação”. Assim a família ganha autonomia e segurança para novas escolhas.



domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quando a terapia de Integração Sensorial pode ajudar:


Ana Elizabeth Prado
Credito 3/1670 TO

.bebês prematuros com sinais de defasagem na interação e no desenvolvimento global
.crianças com alterações neurossensoriais e desordens de coordenação.

.crianças com dificuldades nas atividades escolares
.pessoas com dificuldades no planejamento e execução das atividades cotidianas

.nas situações quando houver os diagnósticos de: TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), autismo, síndrome de Down, paralisia cerebral e outras disfunções neuromotoras.

Comportamentos que indicam a necessidade de uma avaliação de Integração Sensorial:

.atraso no brincar
.atraso na fala
.dificuldade em manter atenção numa brincadeira, alteração de comportamento em sala de aula, sinais de hiperatividade
.necessidade de um tempo maior para entender ordens verbais e executá-las
.atraso na aquisição de leitura e escrita
.dificuldade na coordenação motora fina
.procura exagerada por estímulos sensoriais ou, pelo contrário, os evita
.quedas frequentes, esbarra nos objetos ao redor, derruba coisas sem querer
.dificuldade em organizar-se nas atividades de auto-cuidados
.dificuldades para iniciar, dar sequência e/ou finalizar brincadeiras próprias para idade
.cansa-se facilmente. Lentidão na execução das tarefas
.comportamento de insegurança e ansiedade
.oscilação de humor de modo que chame atenção







quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mas...o que é Integração Sensorial?


Ana Elizabeth Prado
Credito 3/1670 TO

Estamos nesta vida sempre em contato com estímulos sensoriais que nos dão informações a todo o momento do que acontece dentro e fora do nosso corpo, tudo ao mesmo tempo. Prosseguimos a vida recebendo e produzindo experiências continuamente, no tempo e no espaço, a partir da interação com o ambiente que vivemos e das relações que construímos.
No nosso corpo as informações entram pelos órgãos sensoriais que enviam as mensagens ao sistema nervoso central. As informações são processadas como se estivessem numa rede formada das diversas mensagens de todos os sistemas orgânicos formando uma rede de mapas de conexão, realimentando e constituindo um modo de funcionamento.
Determinadas estruturas do sistema nervoso desempenham o papel de receber, modular, regular, associar, interpretar, colocar algumas informações em prioridades, e elaborar respostas para continuarmos como seres vivos se adaptando às diferentes mudanças do ambiente em que vivemos. Este caminho complexo se dá pela Integração Sensorial.
A terapia de Integração Sensorial foi desenvolvida na década de 70, nos Estados Unidos, pela terapeuta ocupacional Dra Jean Ayres, inicialmente pelo estudo de crianças com dificuldades de aprendizagem sem causa aparente que apresentavam em comum déficit de atenção e desordens de coordenação.
A partir do avanço das pesquisas a metodologia foi amplamente difundida em outros países e a aplicação foi comprovadamente eficaz auxiliando no desempenho ocupacional de pessoas com diversos diagnósticos.
Segundo Jean Ayres: “Integração Sensorial é o processo neurológico que organiza as sensações do próprio corpo e do ambiente de forma a ser possível o uso eficiente do corpo no ambiente.”

Integração Sensorial - a natureza a nosso favor




Ana Elizabeth Prado
Credito 3/1670 TO

É uma habilidade orgânica integrar as informações sensoriais do corpo e do ambiente para o nosso bem viver. Acontece na vida naturalmente influenciando as ações cotidianas como movimentar, olhar, escutar, sentir, coordenar ações, escrever, ficar alerta, comunicar, entre outras. Alterações na recepção e processamento das informações sensoriais muitas vezes levam a alterações no comportamento, interação e aprendizagem que, inicialmente, podem ser identificadas por atraso no desenvolvimento neuropsicomotor ou ainda nas atividades escolares pela dificuldade em prestar atenção, organizar-se no tempo e no espaço bem como na aquisição da leitura e escrita.

Na terapia de Integração Sensorial a criança aprende a reorganizar o modo de processar as informações sensoriais por meio de brincadeiras com balanços, bolas, túneis, materiais sensoriais, jogos, fantoches, materiais artísticos levando a um melhor conhecimento de si e uso apropriado do corpo integrado às atividades cotidianas.
Escolhendo, planejando, refazendo, conhecendo, criando, brincando!!!